Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Paulo Henrique. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Paulo Henrique. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Xeque Múltiplo


A grande verdade que tenho percebido, e da qual não arredarei o pé até que me provem o contrário, é que a maioria dos que votaram no Brandim não apoiam o Paulo Henrique. O Brandim, com esta já famosa reunião, conseguiu dar xeque em praticamente todas as peças do tabuleiro, inclusive em si mesmo. Porém, o pior xeque foi dado no professor Paulo Henrique, o qual só se sai dele com o sacrifício de sua peça mais importante, a dama. Para os que não são enxadristas, contrariamente ao Brandim, explico a analogia. A dama é o Paulo Borges, que foi "riscado do mapa". Para ele, a totalidade dos membros do "SIM", realmente disse "NÃO", inclusive os que acompanharão o Paulo Henrique. Ele foi, literalmente, rifado e trocado pelo Professor Ezequias.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pretensão de Correção e Equilíbrio de Nash no Jogo Democrático do IFPI

Os resultados das urnas não foram agradáveis para mim. No entanto, se me perguntarem se perdi a eleição, direi sem errar: não perdi nem ganhei, apenas a comunidade quis que eu continuasse a ter apenas a pretensão de correção, tanto para a nova eleição do segundo turno quanto para a próxima administração. Para o segundo turno, a correção que apresentamos é conforme segue. 

Conforme disse em Urucui, o Professor Darley não seria vencedor sem proposta democrática. O segundo turno é momento para os candidatos (todos!) adequarem as suas propostas aos anseios da comunidade. Deve ser um salto qualitativo, conforme diz Hegel. Inclusive, os que não mudam suas propostas no sentido da democracia é que mostram intransigência e intolerância. O Professor Darley, para poder conseguir a adesão que lhe dará a vitória, deverá cobrir a proposta do Professor Paulo Henrique o mais rápido possível. Com isto, poderá até ter o apoio do pessoal do sindicato, o qual poderia eleger o Professor Ezequias com apoio do Professor Darley. Também poderia conseguir apoio do Professor Brandim, o qual já se comprometeu em apoiar as propostas mais democráticas. Além disso, o Professor Brandim, o fato novo desta eleição fora a correção do processo, precisa manter seu grupo coeso para as eleições gerais que se aproximam.

O Professor Paulo Henrique já usou todos os cartuchos que tinha nesta eleição, e agora se vê obrigado a gastar a última bala: terá que  propor eleições gerais para todos os cargos comissionados e gratificados do IFPI se quiser ter apoio do pessoal do sindicato, do Brandim e dos outros dois candidatos, Reis e Lossian, os quais tiveram poucos votos mas poderão decidir a eleição, visto que apenas participaram dos debates e nada além disso. E estes debates não foram vistos por ninguém, além dos apoiadores diretos dos candidatos. Mas serão vistos agora pelos alunos, que terão uma participação muito maior neste segundo turno. Além disso, esta eleição será tão acirrada, que corre o risco de ser decidida por um  único voto de aluno. Outro panorama seria Darley e Paulo Henrique fazerem um acordo. Mas quem cederia? Não, esta regra está fora desse jogo. Em Corrente-PI fui preciso, fui matemático, e como tal, poucos me entenderam. Mas agora explico: Equilíbrio de Nash é atingido quando cada jogador passa a fazer o melhor lance para si mesmo. O panorama que acima apresentei é o equilíbrio de Nash e, felizmente, ele conduz à democracia. Fora isto, não vejo outro panorama dentro das atitudes republicanas, dentro do jogo democrático (tentar atitudes não republicanas dentro do contexto atual é perigoso demais!). 

Com relação à pretensão de correção, sempre imbutida em nossas propostas, o que digo é que está tudo gravado e qualquer reitor eleito que não cumprir a sua promessa democrática terá sérios problemas, pois será denunciado a todos os órgãos competentes e será feito forte movimento contrário a qualquer estelionato eleitoral.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Democracia é Nosso Guia.

Todos sabem do esforço colossal que temos feito para que em nossa instituição haja eleições democráticas. Existe a autonomia administrativa, a qual está estabelecida na Lei de Criação dos Institutos. Enquanto quisermos nos guiar pela falta de democracia em relação à escolha dos cargos, o Governo não poderá mover uma palha para mudar esta situação. Ela depende exclusivamente de nós. Vimos nesta eleição uma oportunidade de ouro para fazermos esta construção, a qual já é uma realidade inadiável. Já existe o compromisso formal de ambos os candidatos que agora disputam o 2º Turno. Me esforcei demais para que o colega Paulo Henrique estabelecesse o critério democrático que adotou, e que certamente o beneficiou no 1º Turno. Com o candidato Darley tive também um grande trabalho, o qual pode ser visto nos próprios debates, mais precisamente nos de Uruçui e Corrente. No entanto, eu já vinha martelando nesta tecla há muito tempo. Sei que ele próprio deve ter feito um duro trabalho de convencimento de seus apoiadores. Afinal, era mais difícil para ele do que para o Professor Paulo Henrique. Como ambos se igualaram nesta questão crucial, resolvi premiar o Professor Darley com nosso apoio pois, afinal de contas, ele sofreu muito mais que seu oponente para fazer esta "costura", tão importante para a democracia em nossa instituição. Seria injusto que eu não o apoiasse, mesmo tendo sido o Professor Paulo Henrique Secretário Geral do SINDIFPI, que nós criamos, e do qual fui o primeiro Presidente. 

Quando fui candidato, cumpri com minha obrigação de candidato e não "alisei" ninguém. Obviamente, esqueci o Brandim e o Reis pois,  em minha análise, eles teriam poucos votos (me enganei com o Brandim e me arrependo disso!). Se resolvo apoiar o Darley, também cumprirei com minha obrigação de apoiá-lo dignamente. Serei firme, mas sempre leal e verdadeiro em tudo o que disser. 

Julgo que o Professor Darley pode ser um bom reitor para este instituto e, digo a seguir, alguns motivos iniciais:
1º. Tem tempo para se dedicar à administração, pois pelo que eu saiba, não possui filhos pequenos para criar. Pode viajar para cumprir suas obrigações tranquilamente. Possui boa saúde e nenhum vício; 
2º. É administrador testado e aprovado, pois o campus de Floriano foi muitíssimo bem administrado por ele; 
3º. É muito dedicado à administração. Em Floriano, praticamente vivia dentro da instituição. Era até mais dedicado do que o Professor Santana em seus dois primeiros anos no CEFET-PI; 
4º. Se antecipa aos problemas e não deixa que eles se estabeleçam. Os cursos de licenciatura de Floriano tiveram notas melhores do que os de Teresina porque em Floriano estavam sempre pensando à frente. Quando presidi a Comissão de Ética, foi o gestor que veio até mim para que eu o orientasse na solução de um problema que poderia se estabelecer. E ele evitou que o problema se instalasse. Isso justifica, inclusive a quase inexistência de processos judiciais e administrativos advindos de conflitos no campus de Floriano; 
5ª. Tem a serenidade necessária para enfrentar os inevitáveis conflitos que ocorrem. E a humildade de aceitar críticas, corrigindo os erros. Não é perseguidor, nem vingativo. É um homem de princípios e tem religião;
6º. Não possui vínculos com políticos que possam interferir em nossa autonomia, e nem sua família, a qual é da Paraíba (ele é cidadão de Floriano, por vontade da Câmara Municipal de lá); 
7º. Não possui nenhuma pendência jurídico-administrativa que possa perturbar a sua concentração; 
8º. É engenheiro mecânico, um ramo inteiramente interligado a quase todas as atividades fim que existem em nossa instituição. Além de ser um professor com forte interação com a pesquisa, o ensino e a extensão.
Por estes motivos, e outros que posteriormente listarei, recomendo o voto no Professor Darley, o qual todos sabemos ser um homem extremamente responsável. 

Sairei desta eleição do jeito que entrei. Querendo o melhor para a instituição. Espero que gregos e troianos entendam e respeitem este humilde servo do Estado Brasileiro.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br


domingo, 8 de janeiro de 2017

O que diz Lossian sobre a eleição do IFPI

Resultado de imagem para burocracia 

DEMOCRACIA IMPLICA CONVIVÊNCIA COM OS CONTRÁRIOS
Alguns pensam ser complicada uma gestão onde um pró-reitor seja adversário do Reitor. Isto é um erro pois, na administração pública de uma república, o mote não é a vontade pessoal. Se, por exemplo, formos eleitos e imediatamente um adversário for eleito pró-reitor (nossa proposta é de eleições imediatas), para o Povo isto será bom, pois aquele estará nos fiscalizando. Teremos um motivo a mais para não "pisarmos na bola". Ser adversário não é razão para agir fora da lei, da moralidade e do decoro. Já trabalhamos uma vez em tal situação, quando fomos a uma conferência junto ao Conselho Federal de Educação - CFE para apresentar os cursos de licenciatura do IFPI. A ex-diretora Rita Martins (hoje a "sabedoria vivida" dela nos aproxima) sabia que eu não iria boicotá-la. E tudo correu bem.

 FISCALIZAÇÃO E BUROCRACIA
A fiscalização deve ser mais forte entre os comissionados, pois oferecem maiores riscos aos desvios, conforme aprendemos na Escola Nacional de Administração Pública - ENAP. Aos demais, que conduzem o dia-a-dia da instituição, a ênfase deve ser nas condições de trabalho. Mormente na educação, onde a liberdade, a tranquilidade e a paz de espírito devem reinar. Não aceitaremos excessos de reuniões e de preenchimentos de formulários pois, trabalhadores em educação, não são burocratas típicos. 

ERROS
Julgo que nós do Campus Teresina Central erramos feio quando não elegemos Hélio Maia Queiroz para Diretor Geral. E estamos sofrendo, há muito tempo, as consequências desse erro. Não podemos repeti-lo nem continuar nele. 

Eu não iria me candidatar, mas quando notei que os candidatos seriam apenas os meus atuais adversários, cuidei logo de ajeitar a documentação. A oposição verdadeira é a parte mais nobre da democracia e não pode ser simplesmente um rebento momentâneo das brigas internas pelo poder. Não convém haver excesso de rebentos de um mesmo tronco, sob pena de ficarmos arrebentados. O professor Paulo Henrique foi nosso Secretário Geral quando presidimos o SINDIFPI (chamava-se SINDCEFET-PI/S.SIND) e como nós, tem experiência. O problema é o estilo político adotado por ele, o qual dificulta a sua administração, a qual fica engessada. Pelos critérios técnicos de meritocracia que estabeleceremos (caso sejamos eleitos) para as eleições nas pró-reitorias, Paulo Borges, por exemplo, dificilmente poderá se eleger ao cargo que hoje ocupa. Votar em Renato Sérgio e em Vilson Rego é problemático, pois as rupturas deles com a atual gestão vêm de problemas lá do PRONATEC. Deverá haver transparência total em relação a esta questão para que a nossa comunidade, em momento tão difícil como o que vivemos, os eleja. Os professores Lossian e Paulo Henrique levam a vantagem de já serem conhecidos dos eleitores em eleições passadas. A grande dificuldade do candidato Lossian será convencer os eleitores da relevância de suas propostas.

OPINIÃO
Nesta eleição a nossa candidatura, a qual é uma continuação da que propomos há quatro anos, está fortalecida com o apoio de muitos simpatizantes dos nossos sindicatos e associações. É uma candidatura forte que concorre com a pretensão firme de vencer. Não pedimos dinheiro a ninguém, pois pretendemos usar fortemente a internet. Os sindicatos pediram debates e aguardamos ansiosamente por eles, pois sabemos que tanto a nossa escrita como a nossa voz, são fortes. A cada dia novas pessoas aderem ao nosso programa. Brevemente anunciaremos um apoio decisivo para a nossa vitória.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Excessiva preocupação com reeleição: o dinheiro não é aplicado

O dinheiro volta (https://imgnzn-a.akamaized.net///2015/06/10/10200705408414-t1200x480.jpg).
Ao se preocupar demais com a manutenção da base de sustentação política, Paulo Henrique perdeu o rumo e o prumo da administração dos recursos do IFPI. Uma das consequências foi o problema dos 30 milhões que ele mesmo falou no debate. É muito complicada a situação dele. Além disso, dificilmente a Comissão de Ética Pública o acompanhará em sua incoerente campanha eleitoral em gozo de férias. Precisamos de alguém que esqueça esta coisa de se manter no poder a qualquer custo. O nosso real poder está no crescimento de nossa instituição, com aumento de verbas para que nós possamos fazer o que precisamos. Quantos mestrados, doutorados, laboratórios, viagens e passagens para servidores e alunos seriam possíveis com trinta milhões? Paulo Henrique foi Secretário Geral do SINDIFPI quando o presidimos por duas vezes em seu nascedouro. Sempre me senti como um irmão mais velho para ele e para o Ayrton Vasconcelos dentro do sindicato. As companhias de pessoas com excessiva visão político-partidária estragou a administração do Paulo. Temos que avançar. Nunca fui liderança de coisa alguma e continuarei assim. Sempre fui apenas um instrumento da comunidade para fazer algumas coisas. E agora, estou vendo a possibilidade de ser instrumento de vocês, para melhorarmos a administração do IFPI. Do jeito que o IFPI está, só se ajeita com um Reitor-Administrador totalmente à disposição de nossa comunidade. Em menos de quatro anos ajeitaremos o IFPI, deixando para a próxima gestão uma instituição mais revigorada e livre da "Hierarquia das Panelinhas", a qual tem sido, ultimamente, a nossa maior desgraça.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bom Senso e o Auto Administrativo no Ministério Público


Hoje à tarde fomos mais uma vez ao Ministério Público Federal no Piauí procurar informações sobre as pendengas relacionadas às nossas eleições. As informações que conseguimos por lá são as delineadas abaixo (conforme extrato que nos forneceram).
______________________________
A situação do Auto Administrativo - PA - 1.27.000.001298/2012 - TUTELA COLETIVA na Procuradoria da República - Piauí é a seguinte:

Data da Autuação em PI: 14/09/2012;
Data da conversão em PA: 21/09/2012;

Resumo: REPRESENTAÇÃO DE PROFESSORES E SERVIDORES DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ. REITOR IFPI ESTA PROTELANDO O INÍCIO DO PROCESSO DE CONSULTA PARA INDICAÇÃO DOS CANDIDATOS AOS CARGOS DE REITOR E PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR. MAS PROTOCOLOU, JUNTO AO MEC, PEDIDO NO SENTIDO DE BUSCAR MEIOS PARA PRORROGAÇÃO DO MANDATO.

Representante: Paulo Henrique Gomes de Lima.
Representado: Reitor e Presidente do Conselho Superior do IFPI.
____________________________

Este blog procurará nos manter constantemente informados sobre estas questões, pois elas são do pleno interesse de cada um de nós. Aproveitamos a oportunidade para pedir a TODOS os colegas servidores do IFPI que procurem manter a serenidade. O calor excessivo, o trânsito cada vez mais perverso, a sofrida situação de greve pela qual passamos, a insegurança e o mal funcionamento de nossas instituições, tudo isto prejudica o nosso nível de vida. Mas nós devemos servir de exemplo para as outras instituições e para o povo em geral, pois temos o dever de ensinar também nos comportando do modo mais sereno e digno possível.

Quanto aos atuais gestores, sustentamos que ainda é possível fazer muita coisa boa (Joguemos na lixeira todos os tipos de sacos de maldade!). Uma delas seria estabelecer o regime de 6 horas diárias de serviço para nossos colegas técnico-administrativos, os quais poderiam passar mais tempo com os seus filhos e/ou netos. De duas opções legais possíveis, os administradores piauienses deviam, sempre, escolher a mais favorável para nós, pois a nossa realidade é de muito sofrimento. É diferente de um Paraná, São Paulo ou qualquer outro estado meridional, os quais, na maioria das vezes, conduzem a feitura das leis.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.

sábado, 18 de janeiro de 2014

O IFPI, São João do Piauí e os Paes Landim

Na semana passada acompanhei o meu "irmão de filosofia" João Bosco de Sousa Almeida até a Reitoria do IFPI, onde o mesmo foi dar ciência de uma intimação da Polícia Federal (ainda, o desdobramento do já famoso caso João Bosco versus Reitor do IFPI, ocorrido durante a última greve nacional dos docentes federais). Lá chegando, a primeira pessoa que vi foi o Deputado Federal Paes Landim, o qual estava na poltrona esperando ser atendido pelo Reitor. Tive, no momento, a impressão de que ele estava dormindo aquela soneca de alguns minutos (e até segundos), nas quais algumas pessoas conseguem até sonhar. Em questão de segundos, após esta percepção que tive, uma senhora que o acompanhava disse para o mesmo que a vez deles serem atendidos já havia chegado. E entraram no gabinete do Reitor.

 Foto do Deputado PAES LANDIM
Deputado Federal Paes Landim
Em mais de vinte anos, foi a primeira vez que vi o deputado no "Campus Teresina Central". Eu já havia visto outros deputados, muitas e muitas vezes! Mas o Dep. Paes Landim, não.
Abaixo, transcrevo um requerimento do Senador João Vicente Claudino (Disponível em https://www.google.com.br/#q=paes+landim+quer+ifpi+em+sao+jo%C3%A3o ou  http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getDocumento.asp?t=122207):
 
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº        , DE 2013
Denomina Natália Ferreira Paes Landim o campus de São João do Piauí do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - O campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI no município de São João do Piauí passa a ser denominado “Campus Natália Ferreira Paes Landim”.
Art. 2 º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Em 2008, a Lei nº 11.892 instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais, que são fruto do reordenamento e da expansão da chamada Rede Federal de Educação Profissional que existia até então.
O Estado do Piauí passou a contar com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI, que nos últimos anos passou por um amplo processo de expansão empreendido pelo Governo Federal, contando atualmente com quatorze câmpus em todo o Estado.
A presente proposta objetiva dar ao campus de São João do Piauí, inaugurado em dezembro de 2012, o nome de Natália Ferreira Paes Landim.
Dona Natália, como era conhecida, nasceu em São João do Piauí em 06 de agosto de 1917, tendo falecido na mesma cidade em 03 de agosto de 2010. Foi casada com Francisco Antônio Paes Landim Neto, com quem teve 10 filhos.
Embora tenha sempre residido em São João do Piauí, Dona Natália desde muito cedo soube reconhecer a importância da educação para o desenvolvimento pessoal, não medindo esforços para a formação de seus filhos, numa missão a que se dedicou praticamente sozinha, uma vez que ficou viúva desde 1961.
Nesse sentido, devotou toda sua existência ao trabalho a fim de custear a formação de seus filhos. Nunca época em que a cidade de São João do Piauí contava apenas com o ensino no nível do antigo ginásio, enviou seus filhos para estudar em grandes centros como Salvador-BA, Brasília-DF, Rio de Janeiro-RJ e Santos-SP.
Como resultado, seus filhos têm ocupado posições de destaque na elite intelectual do Estado, como o seu primogênito, José Francisco Paes Landim, advogado formada pela antiga Universidade Federal do Brasil no Rio de Janeiro, que foi professor da Universidade de Brasília-UnB e hoje é deputado federal em seu sétimo mandato pelo Piauí.
Seu filho Francisco Antônio Paes Landim Filho graduou-se em direito pela UnB e é doutor pela Universidade de São Paulo-USP, desempenhando atualmente a função de Desembargador do Estado do Piauí. Formaram-se também na UnB seus filhos Murilo Antônio Paes Landim e José do Patrocínio Paes Landim.
Já seu filho Luiz Gonzaga Paes Landim gradou-se em direito em Santos-SP, havendo sido Procurador do Estado do Piauí e ocupando atualmente a função de Superintendente da Sudene.
Único filho a optar pela medicina, Paulo Henrique Paes Landim graduou-se na Universidade Católica de Salvador, tendo exercido por vários anos a medicina no sertão piauiense, bem como o cargo de deputado estadual por cinco mandatos.
Enfim, é inegável que em uma época em que as dificuldades para se alcançar o ensino superior eram ainda maiores, Dona Natália não fraquejou diante dos obstáculos que enfrentou para dar, através da educação, uma formação pessoal e profissional de qualidade a seus filhos.
A chegada do IFPI em São João do Piauí representa um marco para as pessoas da cidade, que poderão, através do ensino tecnológico e superior, atuar como agentes de transformação de suas realidades e da realidade daquela região.
Dessa forma, o exemplo de Dona Natália, que já há muitos anos soube reconhecer o papel transformador que a educação opera sobre as pessoas, é simbólico para que outras mães e jovens daquela cidade possam ser incentivados a se dedicar à formação educacional, como também merecedor da homenagem ora submetida à apreciação desta Casa, razão por que estou certo de que a presente proposta contará com o apoio de meus eminentes Pares para sua aprovação.
Sala das Sessões,          de abril de 2010.
Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO

Indo à instituição para tratar de temas ligados a boas obras das quais participaram. É assim que queremos ver os parlamentares, quando forem ao IFPI. Quanto ao esforço que os filhos e correligionários fazem em prol da boa memória de Dona Natália (já se passaram quase 100 anos desde o seu nascimento!), é algo louvável pois, pelo menos no plano da visibilidade, ela foi, em São João do Piauí, um grande exemplo do esforço que se deve fazer em prol do estudo dos filhos. Não conheço os outros dez filhos de Dona Natália, inclusive o deputado federal. Mas conheço muitíssimo bem o Professor Francisco Antônio Paes Landim Filho, o qual foi meu professor em várias disciplinas na UFPI, e alguém com quem eu conversava quase todos os dias, após a segunda aula do turno noturno, antes da chegada da pessoa que vinha buscá-lo (ele não dirigia automóvel!). Se fosse moralmente ético a um servidor público propor homenagem pública a outro servidor com menos de 95 anos de idade, eu escolheria Francisco Antônio Paes Landim Filho.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

As 41 perguntas de Eduardo Cunha para Michel Temer

O vice-presidente da república Michel Temer conversa com o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha durante homenagem póstuma ao ex-deputado Paes de Andrade na Câmara dos Deputados, em Brasília, em julho de 2015 (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)

Mudar de Albert Einstein para Eduardo Cunha e dose (Veja http://pyaugohy.blogspot.com.br/2016/11/albert-einstein-era-descolado.html). Mas vamos la. Sao semelhancas opostas em muitos pontos apesar de um ser genial e o outro, tambem, bastante inteligente. Mas a oposicao maior entre eles e que um respondia as questoes dificeis enquanto o outro, bem mais jovem, faz perguntas dificeis. Enstein amava a simetria e dificilmente faria 41 perguntas. Notem que 41 e primo, cuja soma de seus elementos e, tambem, numero primo. Coincidentemente, 41 Problemas de Cunha = 23 Problems de Hilbert + 18 Problemas de Smale, indicando tambem uma charada matematica. Ate o numero de perguntas corresponde a um numero assimetrico e complicado que tambem faz Temer, que e arabe (http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/13/internacional/1463162200_784930.html), lembrar os mais belos contos sirios. As perguntas indexadas por numeros impares sao, tambem, as mais dificeis.
1 – Quando da nomeação do Sr. Jorge Zelada na Petrobrás, qual era a função exercida por Vossa Excelência?

2 – No início de 2007, no segundo governo do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, houve um movimento na bancada de deputados federais do PMDB visando a sua pacificação e isso incluiu a junção dos grupos antagônicos. Vossa Excelência tem conhecimento se isso incluiu o apoio ao candidato do PT à presidência da Câmara com o compromisso de apoiá-lo como candidato no segundo biênio em 2009?
3 – Vossa Excelência tem conhecimento de acordo para o então líder da bancada, Sr. Wilson Santiago, concorrer à Primeira Secretaria e o Sr. Henrique Alves assumir a liderança?
4 – Vossa Excelência tem conhecimento da divisão da maioria da bancada em coordenações, sendo o Sr. Tadeu Filippelli no Centro-Oeste, Eduardo Cunha no Rio de Janeiro e o Sr. Fernando Diniz em Minas Gerais?
5 – Vossa Excelência tem conhecimento da nomeação do Sr. Geddel Vieira de Lima para o Ministério da Integração Nacional, do Sr. Reinhold Stephanes para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Sr. José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde?
6 – Vossa Excelência indicou o nome do Sr. Wellington Moreira Franco para a Vice-Presidência do Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal?
7 – Vossa Excelência fazia a interlocução com o governo como presidente do PMDB juntamente com o líder Sr. Henrique Alves quando se tratava da Câmara dos Deputados?
8 – Vossa Excelência tem conhecimento se as coordenações ficaram responsáveis por indicações levadas ao Governo Federal para atendimento dos seus deputados?
9 – Vossa Excelência tem conhecimento se na coordenação do Rio de Janeiro, coordenada pelo Sr. Eduardo Cunha, coube a indicação do ex-prefeito, ex-vice-governador do Rio de Janeiro e à época Secretário de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, Sr. Luiz Paulo Conde, para a presidência de Furnas?
10 – Vossa Excelência tem conhecimento se na coordenação do Centro-Oeste, coordenada pelo Sr. Tadeu Filippelli, couberam as indicações do vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e da vice-presidência de Governo do Banco do Brasil?
11 – Vossa Excelência tem conhecimento se na coordenação de Minas Gerais, coordenada pelo Sr. Fernando Diniz, coube a indicação do diretor da área internacional da Petrobrás, tendo sido indicado o Sr. João Augusto Henriques, vetado pelo Governo, e depois substituído pelo Sr. Jorge Zelada?
12 – Vossa Excelência tem conhecimento se a interlocução com o Governo era feita com o ex-presidente, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva?
13 – Vossa Excelência tem conhecimento de quais ministros mais participavam?
14 – Vossa Excelência foi procurado pelo Sr. José Carlos Bumlai para tentar manter o Sr. Nestor Cerveró na Diretoria Internacional da Petrobrás?
15 – Vossa Excelência já conhecia o Sr. José Carlos Bumlai? De onde?
16 – Vossa Excelência recebeu o Sr. Nestor Cerveró para discutir a permanência dele na Diretoria Internacional da Petrobras?
17 – Quando Vossa Excelência o recebeu? Onde e quem estava presente?
18 – Vossa Excelência foi comunicado pelo Sr. Nestor Cerveró sobre uma suposta proposta financeira feita a ele para sua manutenção no cargo?
19 – Caso Vossa Excelência tenha sido comunicado pelo Sr. Nestor Cerveró, quem teria feito a proposta e qual foi a vossa reação? Por que não denunciou?
20 – Vossa Excelência tem conhecimento se o Sr. Eduardo Cunha teve alguma participação na nomeação do Sr. Jorge Zelada para a Diretoria Internacional da Petrobrás?
21 – Quantas vezes Vossa Excelência esteve com o Sr. Jorge Zelada?
22 – Vossa Excelência recebeu o Sr. Jorge Zelada alguma vez na sua residência em São Paulo/SP, situada à Rua Bennett, 377?
23 – Caso Vossa Excelência o tenha recebido, quais foram os assuntos tratados?
24 – Após a morte do Sr. Fernando Diniz, Vossa Excelência tem conhecimento de quem o substituiu na coordenação da bancada de Minas Gerais?
25 – Vossa Excelência recebeu alguém para tratar de algum assunto referente à área internacional da Petrobrás?
26 – Vossa Excelência encaminhou alguém para ser recebido pelo Sr. Jorge Zelada na Petrobrás?
27 – Vossa Excelência encaminhou algum assunto para ser tratado pela Diretoria Internacional da Petrobrás?
28 – Vossa Excelência tem conhecimento sobre a negociação da Petrobrás para um campo de petróleo em Benin, na costa oeste da África?
29 – Vossa Excelência tem conhecimento de alguma participação do Sr. Eduardo Cunha em algum assunto relacionado à Petrobrás?
30 – Vossa Excelência tem conhecimento de alguma participação do Sr. Eduardo Cunha na compra do campo de petróleo em Benin?
31 – Vossa Excelência conhece o Sr. João Augusto Henriques?
32 – Caso Vossa Excelência conheça, quantas vezes esteve com ele e sobre quais assuntos trataram?
33 – Vossa Excelência sabe de alguma contribuição de campanha que tenha vindo de algum fornecedor da área internacional da Petrobrás?
34 – Vossa Excelência tem conhecimento se houve alguma reunião sua com fornecedores da área internacional da Petrobrás com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010, no seu escritório político na Avenida Antônio Batuira, nº 470, em São Paulo/SP, juntamente com o Sr. João Augusto Henriques?
35 – Qual a relação de Vossa Excelência com o Sr. José Yunes?
36 – O Sr. José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?
37 – Caso Vossa Excelência tenha recebido, as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?
38 – Matéria publicada no “O Globo” no dia 26/09/2007, citada na denúncia contra Eduardo Cunha, dá conta de que após uma interrupção na votação da CPMF na Câmara dos Deputados, Vossa Excelência foi chamado ao Planalto juntamente com o então líder Sr. Henrique Alves para uma reunião com o então ministro Sr. Walfrido Mares Guia para tratar de nomeações na Petrobrás. Vossa Excelência reconhece essa informação?
39 – Caso esta reunião tenha ocorrido, quais temas foram tratados? A nomeação do Sr. Jorge Zelada para a Diretoria Internacional da Petrobrás foi tratada?
40 – A matéria cita o desconforto do PMDB porque haveria o compromisso das nomeações na Petrobrás, mas só após a votação da CPMF. No entanto, a então chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Sra. Dilma Rousseff, teria descumprido o compromisso e nomeado a Sra. Maria das Graças Foster para a Diretoria de Gás e Energia e o Sr. José Eduardo Dutra para a BR Distribuidora. Vossa Excelência reconhece essa informação?
41 – Vossa Excelência tem conhecimento se o desconforto teria causado a paralisação da votação da CPMF, que só foi retomada após o compromisso de nomear os cargos prometidos ao PMDB? <http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/11/advogados-de-cunha-apresentam-perguntas-temer-sobre-lava-jato.html>.
Bassam Barbar, primo de Michel Temer, apaga a palavra 'vice' do cartaz na rua principal que leva o nome de Michel Temer.
O primo de Michel Temer, tomando nao sei o que e comemorando, http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/13/internacional/1463162200_784930.html

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Equívoco

Quero deixar registradas as minhas sinceras desculpas ao Professor Paulo Henrique pelo equívoco que cometi em relação a uma das hipóteses que usei para construir um argumento segundo o qual eu julgava que o mesmo haveria cometido uma falta contra o sagrado vínculo entre o professor e seu aluno. O acima citado professor, conforme informações que a mim foram prestadas hoje pelo próprio e por sua esposa, nunca foi aluno do Professor Santana. Equivocadamente, trabalhei com esta hipótese, e construí argumentos e mensagens que jamais foi imnha vontade emitir. Graças ao bom Deus, quase ninguém me entendeu (ou não levou em consideração!), e desta forma, não causei prejuízos.

ADENDO (19.02.2013). No entanto, reitero que a obrigação de toda pessoa humana, para todas as legislações do Mundo, é sempre no sentido de elevar a auto-estima de qualquer idoso.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Edital de Eleição para Reitor do IFPI e Diretores Gerais dos Campi

Acaba de sair o edital Nº 4, DE 23 DE OUTUBRO DE 2012 (http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=24/10/2012&jornal=3&pagina=35&totalArquivos=232) no qual o Ministro Aloizio Mercadante Oliva estabelece o rol das instituições que devem fazer eleição até março de 2013 em conformidade com os dispositivos legais que estabelecem estas eleições. No Piauí as instituições são: Reitoria do IFPI e diretorias gerais dos campi Teresina Central e Floriano. 

Cabe salientar que os dispositivos legais estabelecem um período de noventa dias entre a deflagração da eleição e o término do mandato que expira em 18/12/2012, conforme dissemos na postagem do dia 14 de julho de 2012 (http://pyaugohy.blogspot.com.br/search?q=o+novo+reitor+e+a+elei%C3%A7%C3%A3o). No entanto, ainda é possível fazer a eleição antes do fatal dia 18/12/2012. Houve greve e a comunidade é sensível a estes problemas pois, a atividade educacional é, em sua essência, plástica. E lida constantemente com o imprevisível, o novo e os desafios. O Presidente do CONSUP deve, imediatamente, deflagrar o processo eleitoral. Há, inclusive, uma Representação junto ao Ministério Público Federal em relação ao atraso nesta deflagração, conforme postagem nossa do dia  21 de setembro deste ano (http://pyaugohy.blogspot.com.br/search?q=Paulo+Henrique).

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br

quarta-feira, 29 de maio de 2013

As primeiras nomeações e exonerações do novo reitor do IFPI


Por enquanto não há, pelo menos para mim, nenhuma surpresa nas nomeações. Quanto ao Antonio de Pádua, articulou bem na eleição. Esperamos que seja bem sucedido nesta nova fase. O Eduilson, sei que é o que está em "maus lençóis". Os problemas na informática cresceram muito, e é um setor onde sempre se espera cada vez mais. As cobranças neste setor são imediatas. E ainda existe o grave problema de manutenção da segurança dos equipamentos. Comparado aos outros institutos, acredito que seja o nosso setor mais frágil. Devemos todos nós ajudá-lo, pois sua missão é das mais complicadas e primordial para TODOS nós. Se ele não tiver sucesso, com certeza nenhum outro gestor terá, pois vivemos, literalmente, num mundo informatizado. Milhares de coisas boas  deixaram de ser feitas na gestão passada por falta de capacidades neste setor. Citemos 3 exemplos:
1. O setor de compras perde muito dinheiro com atraso nas compras de passagens (passagens que podem ser compradas por menos de 500 reais com antecipação podem ser compradas por 1200 reais!). Veja matéria do Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-federal-e-perdulario-ao-comprar-passagens-aereas-diz-auditoria-da-cgu,1035606,0.htm;
2. Todos os tipos de formulários já deviam estar informatizados;
3. O portal do IFPI deveria ter muito mais informações (baixo nível de utilização!). Devia haver nossas publicações, relação de todo o material da biblioteca, e por aí vai. Também devia haver o levantamento do acervo histórico do IFPI, com tudo digitalizado.
Falta muita coisa. Mas podemos começar pelo "feijãozinho com arroz" mesmo, com as coisas básicas que não necessitam sempre de milhões. E ampliar todos os bons exemplos anteriores, os empreendimentos exitosos das gestões passadas. Lembrem-se do exemplo nacional: os programas sociais considerados bem sucedidos pelo PT se iniciam com Brizola/Cristóvão Buarque, são usados por FHC e depois o PT.

E A NOMEAÇÃO DOS DIRETORES "ELEITOS" DO CAMPUS TERESINA CENTRAL?
Não vi no DOU a nomeação de nenhum dos eleitos em uma assembléia feita no auditório do IFPI conduzida pelo Diretor Geral então eleito. O que isto significa, para mim é um mistério. A não nomeação nesta primeira lista de nomeados significa que o reitor não os quer nomeados neste momento e está estudando a pertinência destas nomeações. Volto a insistir que ele deveria nomeá-los, satisfazendo não a eles mesmos, mas às pessoas que, como eu, participaram com muito boa vontade daquele processo informal. 
No Brasil, infelizmente, o espaço informal é muito desprestigiado, nele se praticam as maiores irresponsabilidades e absurdos, sem dó nem piedade, sem constrangimento algum. Aquele momento foi informal mas houve um bom nível de responsabilidade. Não foi a informalidade invadindo o espaço formal, foi o contrário, o que é algo importantíssimo neste país. Nem sempre sou muito racional, mas neste momento estou sendo. Pensei bem, e julgo que é conveniente para a nossa instituição neste momento que o Professor Paulo Henrique Gomes de Lima, reitor de nossa instituição, democraticamente eleito numa eleição absolutamente inquestionável, faça a nomeação dos diretores em questão, concluindo o ciclo dos procedimentos iniciados, levando a formalidade plena ao processo. E ganhando mais confiança da comunidade que o elegeu.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

30 horas semanais: vale a pena votar nele(s)?



Fonte: http://www5.ifpi.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1842

Nos últimos dias temos recebido manifestações de apoio à nossa candidatura a Reitor do IFPI, por parte dos colegas técnicos administrativos. O candidato Paulo Henrique está com rejeição grande entre eles e, fortes respingos, atingem os outros dois candidatos, os quais compartilharam a famigerada proposta das 30 horas semanais. Por mais que tentem explicar, jamais conseguirão, pois a mesma não serviu muito para os colegas técnicos. Todos viram o que aconteceu, e se lembram muito bem. Dos candidatos que estiveram naquela eleição passada e estão nessa, somos o que não compartilhou daquela esperteza. Os simpatizantes do Sintae - IFPI agem corretamente ao apoiarem o Professor Lossian e buscarem a coerência histórica de seu sindicato. A pergunta muito séria que se faz hoje é: vale a pena votar nele(s)?

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Modelo Westminster de Democracia no Reino Unido

Temos recebido, através de instituições que lidam diretamente com o mundo virtual, pedidos para que eu disponibilize os artigos que já fiz, mormente os relativos às questões sociais. Infelizmente, nunca os organizei, e a maioria não foi publicada. Outros se perderam. 

Penso que esta manifestação de interesse está relacionada aos levantes sociais brasileiros, a chamada Primavera Brasileira. Afinal, por onde passei, tenho pensado nas coisas sob uma ótica muito pouco imediatista, mais racional e filosófica. O pragmatismo imediatista, o seu pior tipo, foi o que levou a este estado de coisas, e as pessoas parecem dar conta disto agora. No PT, a partir de 1994, com a instalação do pragmatismo imediatista eleitoral capitaneada por José Dirceu, o pensamento filosófico social-racionalista sofreu um duro golpe. Os próprios partidos que se desmembraram do PT estão sentindo isto nas ruas. Estão tomando as bandeirolas de seus militantes e ficando só com o pau delas para surrá-los. Não adianta dizer que não se trata de uma herança maldita. 

A respeito do pragmatismo, vejamos o que nos diz Bertrand Russell, o mais racionalista e mais socialista dos filósofos ingleses:
"O pragmatismo enfatiza a opinião irracional, e a psicanálise enfatiza a conduta irracional. Ambos levaram as pessoas a perceber que não existe um ideal de racionalidade com o qual a opinião e a conduta possam estar em conformidade de forma vantajosa. A consequência parece ser que, se eu e você tivermos opiniões diferentes, é inútil apelar para o argumento, ou buscar a arbitragem de uma terceira pessoa imparcial; não há nada que possamos disputar pelos métodos da retórica, da propaganda ou da guerra, segundo o grau de nossas forças financeiras e militares. Acredito que essa perspectiva seja bastante perigosa e, a longo prazo, fatal para a civilização" (RUSSELL, B. Ensaios Céticos, Porto Alegre, 2010, ISBN 978-254-1722-0, p. 46).
Estou escrevendo esta matéria para responder aos pedidos que acima citei. Como a organização de meus escritos vai demorar um pouco, e há urgência em dar uma resposta aos pedidos feitos, a seguir, publico um artigo inédito que fiz em 14/05/2011 intitulado "O Modelo Westminster de Democracia no Reino Unido". A análise honesta deste artigo pode ser útil para a solução do grave problema pelo qual passa o Brasil.

A cantora Kate Nash participa de protesto na Av. Paulista, em São Paulo, neste sábado (22) (Foto: Reprodução/Instagram)
Kate Nash, cantora inglesa, na passeata de São Paulo, em solidariedade ao Povo Brasileiro

O Modelo Westminster de Democracia no Reino Unido[i] 

Lossian Barbosa Bacelar Miranda[1]
Resumo. Faz-se uma análise do modelo Westminster conforme proposta classificadora de Arend Lijphart dentro de uma perspectiva histórica.
Palavras-chave: Parlamento Britânico, democracia, história da Grã-Bretanha.
 Summary. We make an analysis of the Westminster Model as classification made by Arend Lijphart, in a historical perspective.
Keywords: British Parliament, Democracy, History of Britain.

Introdução

  Os sistemas democráticos podem se apresentar de modos variados e uma versão muito complexa, mas natural, é o parlamentarismo de tipo britânico, usualmente conhecido por modelo de Westminster ou majoritário. Faremos uma exposição deste modelo sob uma perspectiva histórica tomando por base a classificação axiomática de Arend Lijphart que o classifica em conformidade com dez características que o mesmo deve ter. Nas duas primeiras partes de nossa exposição faremos uma síntese da história política do Parlamento Britânico e do Commonwealth, e na terceira parte fazemos uma breve crítica sobre as teses e as descrições básicas do acima referido autor acerca do modelo de Westminster. Enriquecemos a nossa exposição com algumas informações recentes extraídas dos sítios eletrônicos da Embaixada Britânica no Brasil e da Comissão Eleitoral do Reino Unido, às quais agradecemos e pedimos desculpas por algum erro que possamos ter cometido na elaboração desta humilde, mas gratificante tarefa que nos permitiu conhecer um pouco mais acerca da história do Reino Unido.

1. Breve História do Governo do Reino Unido

  Os povos mais antigos da Grã-Bretanha foram os celtas e os bretões, tendo a idade do ferro iniciado nesta ilha por volta de 750 a.C. Este conjunto de ilhas foi ocupado pelos antigos romanos em 54 a.C, germânicos saxões (povos que ocupavam a regiões da atual Alemanha e Polônia) e anglos (provenientes da atual região ocupada pela Dinamarca) em 410, vikings em 793, e normandos (povo que vivia na França) em 1066. Entre 1135 e 1154 estoura uma guerra civil devido ao estabelecimento do feudalismo, o qual é derrubado após este conflito.
  Com a morte de Ricardo I em 1199 assume o poder o rei João sem Terra, seu irmão, que tendo hostilizado a Igreja e os nobres, se vê forçado a assinar a Carta Magna, a qual impôs sérias restrições ao poder dos reis ingleses. Com o falecimento de João Sem Terra em 1216 assume seu filho Henrique III, o qual se indispôs com os nobres e foi obrigado a reafirmar a Carta Magna através das Disposições de Oxford, a qual entregou o governo a um conselho de 15 integrantes e estabeleceu que o Parlamento se reuniria de quatro em quatro meses. Conspirando com o papado, Henrique III anulou os acordos e disto resultou uma guerra civil, da qual Henrique saiu vitorioso juntamente com seu filho e sucessor Eduardo I, que estabeleceu o primeiro parlamento oficialmente reconhecido. Eduardo I também expulsou e confiscou os bens de todos os judeus da Inglaterra.
  Em 1328 morreu Carlos IV da França, o qual não tinha sucessor e o trono francês, por direito, deveria caber ao seu sobrinho Eduardo III, rei da Inglaterra. Os nobres franceses não aceitaram, e teve início a guerra dos cem anos, da qual a Inglaterra saiu derrotada em 1453. Entre 1455 e 1487 ocorreu a guerra das duas rosas, um conjunto de conflitos armados decorrentes da luta fratricida travada pelos descendentes de Eduardo III pelo trono inglês.
  Em 1642 inicia-se a primeira guerra civil travada entre os partidários do Parlamento e os do rei inglês Carlos I. Antes de tudo, convém observar que antes desta guerra o Parlamento não era um órgão permanente, apenas aconselhava o rei através de avisos chamados Bill of Rights. O motivo inicial da guerra foi a recusa do Parlamento em aceitar o aumento de impostos. O Parlamento foi dissolvido e o rei Carlos I governou sem parlamento por 11 anos. O rei “caiu” nas mãos da Igreja Anglicana, tentou estabelecer a unificação da Grã-Bretanha com a Escócia através da introdução forçada daquela em toda a Grã-Bretanha, mas foi impedido pelos escoceses, em sua grande maioria adeptos do presbiterianismo. Sem finanças para promover as ações militares na Escócia, Carlos I restabelece o Parlamento em 1640, o qual novamente se recusa a aumentar impostos, e mais uma vez foi dissolvido. Com mais derrotas sofridas na Escócia é restabelecido o Parlamento em novembro de 1640 e sancionadas leis que estabeleciam três anos para renovação do Parlamento, bem como a impossibilidade de dissolução do mesmo e criação de impostos pelo rei. 
  Há controvérsias em relação ao estopim da guerra. A consagrada enciclopédia britânica limita-se a dizer que após a derrota das tropas reais em Newburn em agosto de 1640 o rei precisou convocar novo Parlamento com o objetivo de conseguir fundos para montar um novo exército e o Parlamento se ergueu perante o rei e, em junho de 1642, apresentou as Dezenove Propostas restringindo o poder real. A negativa do rei deu início ao conflito, e o mesmo foi derrotado, tendo sido executado em 30 de janeiro de 1649. Deu-se início ao regime de soberania do Parlamento conhecido como Commonwealth, com o retorno dos judeus e o fortalecimento do comércio marítimo inglês através da promulgação do Estatuto de Navegação de 1651. 
  Após a decapitação de Carlos I o comandante militar vitorioso e membro do Parlamento, Oliver Cromwell, era o centro do poder. Em 1653 Cromwell instaura uma ditadura, um regime de terror, e dissolve o Parlamento. Com a morte de Cromwell em 1658 o comandante das tropas da Escócia convoca um novo Parlamento, o qual convida Carlos II, filho de Carlos I, para assumir o trono inglês. 
  Por ser relevante para análises futuras, convém tecer um breve comentário acerca do processo de julgamento e execução de Carlos I por traição. Sem recursos para continuar a guerra, Carlos I se refugiou na Escócia em 1646, dando fim à primeira fase da Guerra Civil Inglesa. É então capturado pelos militares em Holdenby House, os quais não o entregam ao Parlamento, descontentes com a falta de pagamentos e desmobilização proposta pelo mesmo. Carlos I aproveita esta situação para tramar com os escoceses o restabelecimento de seu poder fazendo concessões aos mesmos, inclusive o estabelecimento do presbiterianismo na Grã-Bretanha. Ocorrem sublevações contra o Parlamento e os escoceses invadem a Inglaterra. No entanto, são vencidos, e as tropas lideradas por Cromwell invadem a Escócia. O Parlamento instala um processo contra Carlos I por traição. Em 1648, após grande dificuldade em encontrar juizes, por uma apertada diferença de 68 contra 67 votos, Carlos I foi considerado culpado. 
  Após o restabelecimento da monarquia em 1660 com Carlos II, são executados os juízes que participaram do processo do qual resultou a execução de Carlos I. Oliver Cromwell, em particular, por já estar bem morto, foi desenterrado para permanecer com o esqueleto enforcado para apreciação pública. No governo de Carlos II, em 1679, foi estabelecido o habeas corpus, objetivando evitar as prisões arbitrárias. Como este monarca adotou medidas que beneficiaram os católicos, o Parlamento, em sua maioria composta por protestantes, decretou que todos os servidores públicos jurassem rechaçar o catolicismo, fato que dividiu o Parlamento em dois grandes partidos, a saber, os whigs, intransigentes defensores do poder do Parlamento e os tories, partidários do rei. Este monarca morre em 1685, sendo sucedido por seu irmão católico Jaime II, o qual não teve boa aceitação e um grupo de nobres conspirou contra o mesmo para substituí-lo pelo seu genro governante da Holanda, então em guerra contra a França, Guilherme de Orange. Guilherme desembarcou com o poderosíssimo exército holandês em 5 de novembro de 1688 e as tropas do rei Jaime II desertaram. O rei Jaime II foi capturado e mandado exilado para a França. Em 1689 o Parlamento declarou a abdicação de Jaime II e Guilherme de Orange assumiu o trono inglês com o nome de Guilherme III aceitando todas as imposições estabelecidas pelo Parlamento na Declaração de Direitos. Tal declaração subordinava as decisões do rei à autoridade do Parlamento. Este arranjo político era benéfico para Guilherme que passou a ter o apoio da Grã-Bretanha em sua guerra contra a França, e para o Parlamento, que mantinha a sua soberania e portanto, a da Grã-Bretanha, intacta frente a um governante estrangeiro. Guilherme reinou até 1702, sem deixar filhos com Maria filha de Jaime II. Sucedeu-lhe ao trono Ana Stuart, filha de Jaime II que reinou até 1714. Objetivando evitar que sucedesse ao trono seu irmão Jaime Eduardo, católico exilado na França, o Parlamento proclamou o príncipe alemão Jorge de Hanover como rei Inglês, o qual assumiu com o nome de Jorge I e reinou até 1727, tendo sido sucedido por seu filho Jorge II, também alemão, o qual reinou até 1760 no que foi sucedido por seu filho Jorge III, o qual reinou até 1820. Tendo em vista o fato de que tanto Jorge I quanto Jorge II pouco se interessavam pelos assuntos da Grã-Bretanha, adotaram a estratégia de permitir que uma equipe de parlamentares de confiança dos demais dirigisse os assuntos do governo britânico. Tal procedimento resultou na instalação do sistema de governo de gabinete atualmente vigente no Reino Unido. No entanto, cumpre observar que a instalação de eleições democráticas para o Parlamento só ocorreu no início do século XIX, durante o reinado de Jorge III. Antes disso, as eleições não eram secretas e havia muita manipulação e corrupção. Jorge III foi substituído por Jorge IV que governou até 1830, ano em que assumiu Guilherme IV, seu filho, que reinou até 1837, quando foi substituído pela rainha Vitória, que permaneceu no poder até 1901. Durante o reinado de Guilherme IV os tories passaram a se chamar de conservadores e os whigs, de liberais, nomes que continuam até os dias atuais. Durante o longo período do reinado da rainha Vitória ocorreu o expansionismo do Império Inglês e o estabelecimento do sufrágio universal masculino. Durante este período os partidos Conservador e Liberal se revezaram no poder, tendo Disraeli e Gladstone como principais líderes destes partidos. Só em 1928 as mulheres adquiriram o direito de votar e serem votadas. Por volta de 1914, com o crescimento do sindicalismo, o Partido Trabalhista entra em cena como uma grande força política. Com a declaração de guerra contra a Alemanha na primeira Guerra Mundial em 1914 é formado um governo de coalizão em 1915 composto por trabalhistas, liberais e conservadores. A recessão ocorrida após a primeira guerra mundial levou a um governo de coalizão entre trabalhistas e liberais em 1924. Os conservadores, trabalhistas e liberais também fizeram um governo de coalizão durante a segunda guerra mundial sob o comando do conservador Winston Churchill e desde 1945 os trabalhistas e os conservadores se revezam no poder, com oito vitórias para os conservadores e nove para os trabalhistas. O quadro dos partidos políticos do Reino Unido, distribuídos em Gales, Escócia e Irlanda do Norte, hoje é composto por mais de 170 partidos, sendo maiores os seguintes: Partido Trabalhista[2], Liberal Democrats, Partido Comunista Britânico, Partido Conservador do Reino Unido, Partido Liberal Democrata, Partido Liberal do Reino Unido, Partido Nacional Britânico, Partido Republicano Sinn Féin, Partido Trabalhista do Reino Unido, Partido Unionista do Ulster, Partido Whig, Sinn Féin, Tory, União Britânica de fascistas, Partido Unionista Democrático. As eleições para a escolha de todos os membros do Parlamento ocorrem de cinco em cinco anos ou por convocação do Primeiro-Ministro. 
  O Reino Unido não possui uma constituição escrita. No entanto, possui muitos documentos escritos de característica constitucional. Os principais são os seguintes: Magna Carta (1215), Bill of Rights (1689), Reform Act (1832), Human Rights Act (2000). Os direitos e os deveres dos cidadãos são regidos por uma combinação de convenções, leis parlamentares (atos parlamentares) e direitos jurisprudenciais (common law). O Parlamento é composto pela Rainha, Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns. Esta última elabora as leis e o partido nela majoritário governa em nome da Rainha, a qual possui uma função essencialmente cerimonial. A Câmara dos Comuns é composta por membros representantes de distritos eleitorais e atualmente é formada por 659 membros maiores de 21 anos. A Câmara dos Lordes é formada por mais de 695 membros da nobreza e da Igreja Anglicana. O gabinete é formado por 20 ministros, todos indicados pelo Primeiro-Ministro, entre membros do Parlamento. 
  O processo legislativo segue as etapas a seguir. Apresentação de projeto de lei na Câmara dos Comuns, discussão com votação das partes controversas, análise pelas comissões com possibilidade de sugestões por parte de grupos externos ao Parlamento, debate de sugestões feitas pelas comissões, envio para análise e debates na Câmara dos Lordes (sofrendo tramitações análogas às ocorridas na Câmara dos Comuns), aprovação real e por último, implementação. Caso a Câmara dos Lordes modifique o projeto, o mesmo retorna à Câmara dos Comuns, podendo aquela reter um projeto por no máximo um ano, exceto os de caráter financeiro. 
 Em 1999 foi realizado um processo de descentralização no Reino Unido com a criação do Parlamento da Escócia, da Assembléia Nacional de Gales e da Assembléia da Irlanda do Norte. O primeiro tem plenos poderes, a segunda possui competência para promulgar leis secundárias e a terceira possui competência específica nas áreas de educação, saúde, desenvolvimento regional, artes e serviços sociais. No entanto, o Reino Unido continua a ser um dos mais centralizados países da Europa. Existem 387 governos locais na Inglaterra, 22 em Gales, 32 conselhos na Escócia e 26 na Irlanda do Norte, com um total de mais de dois milhões de empregados. 
  O sistema eleitoral do Reino Unido é do tipo majoritário com maioria simples e desprovido de obrigatoriedade de voto. De cinco em cinco anos, obrigatoriamente, há eleições para os membros do Parlamento, para prefeitos e vereadores. Se um membro do Parlamento se aposenta ou falece, há eleição parcial em seu distrito para substituí-lo, evitando a vergonhosa figura do suplente. Cada membro do Parlamento representa o seu respectivo distrito, e o eleito é o candidato que obtém o maior número de votos naquele distrito. Para votar deve-se ser maior de dezoito anos. Não podem votar a Rainha, os membros da Câmara dos Lordes, os cidadãos não pertencentes à Comunidade Britânica (com exceção dos irlandeses residentes no Reino Unido) e os criminosos. Para ser candidato é necessário ser cidadão da Comunidade Britânica ou da República da Irlanda residente no Reino Unido e ser maior de 21 anos. Não há a obrigatoriedade de o candidato pertencer a nenhum partido, e geralmente há membros do Parlamento independentes, geralmente eleitos em virtude de defenderem ardorosamente a resolução de problemas locais. No entanto, o usual é que os candidatos sejam escolhidos pelos partidos locais e posteriormente aprovados em assembléia nacional dos partidos. Não há a necessidade de o candidato residir na região geográfica abrangida por seu distrito eleitoral. Em 2000 foi instituída a Comissão Eleitoral, órgão independente que supervisiona os gastos de Campanha, revisa leis e práticas, bem como esclarece a população acerca dos processos eleitorais. As campanhas eleitorais ocorrem aproximadamente durante um mês e os gastos de cada candidato estão limitados a 5.483 libras esterlinas mais o depósito de candidatura no valor de 500 libras, o qual é devolvido caso o candidato atinja mais de 5% dos votos de seu distrito. Os eleitores podem votar em urnas lacradas, pelos correios, pela internet, por telefone celular ou por procuração. 
 Os vereadores são eleitos com o objetivo de administrarem as atividades públicas locais tais como saúde, educação, comércio, agricultura, esporte e lazer. São eleitos por regiões administrativas bem menores que os distritos, perfazendo um total de mais de cem mil vereadores em todo o Reino Unido. As eleições diretas para prefeitos variam conforme o lugar. Em 1999 foi feita a primeira eleição direta para prefeito de Londres e em 2001 foram realizadas para outras grandes cidades. Também em 1999, pela primeira vez na história, os cidadãos do Reino Unido votaram em eleições proporcionais, por ocasião da realização da eleição para a escolha dos representantes dos distritos eleitorais regionais no Parlamento Europeu.
  A última eleição para o Parlamento ocorreu em 2005, com eleição de 646 membros do Parlamento, 13 a menos que na eleição anterior devido a mudanças em distritos eleitorais da Escócia.

2. O Commonwealth

  Desde a época de Oliver Cromwell se usa o termo Commonwealth para se fazer referência à comunidade dos povos que integram o reino da Grã-Bretanha. A Comunidade Britânica de Nações constitui uma associação de estados soberanos formada pelo Reino Unido e algumas de suas ex-colônias. O Commonwealth surgiu naturalmente a partir do desfazimento do Império Britânico de modo até espontâneo devido principalmente à autonomia administrativa existente nas colônias. Formalmente o Commonwealth surgiu em 1931 com um objetivo predominantemente econômico. Seus idealizadores propunham a formação de um bloco econômico que fizesse frente ao crescimento econômico das demais potências. Atualmente este grupamento de nações possui 51 membros, grande parte deles adotando o sistema parlamentarista de tipo britânico. A rainha do Reino Unido, cerimonialmente, é a chefe de Estado dos membros desta comunidade.

3. As Características Básicas do Modelo Westminster

  Muitos autores, como é o caso de Arend Lijphart, que seguiremos de perto em nossa exposição, se referem a vários modelos de Westminster, para diferentes países. Mas não parece haver diferenças significativas entre eles que justifiquem uma abordagem separada em uma exposição introdutória como a nossa. Objetivando colocar em foco também os aspectos históricos, nos limitaremos à análise do modelo no Reino Unido.
  Antes de tudo, convém observarmos que o nome Westminster se refere ao palácio de Westminster[3], sede do Parlamento do Reino Unido, onde se alojam a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. O modelo Westminster de democracia é o modelo político implantado na Grã-Bretanha ao longo de séculos e que atingiu as características fundamentais atualmente vigentes no final do século XVII. A partir da Revolução Gloriosa a estrutura organizacional do comércio marítimo holandês é colocada à disposição do Império Britânico, o qual se transforma no herdeiro dos impérios português e espanhol e posteriormente no do Império Mongol. A organização política britânica, devido a estes fatos históricos foi implantada e imitada em muitas nações do Mundo, principalmente nas colônias da América e da Oceania.
  Lijphart classifica este modelo de democracia, também chamado de majoritário, fazendo um misto de descrição e axiomatização. Este autor enumera dez características básicas para este modelo, conforme segue.

3.1. Concentração do Poder Executivo em gabinetes unipartidários e de maioria mínima. Conforme vimos na síntese histórica acima, o poder no Reino Unido é concentrado no gabinete, o qual é geralmente formado pelos membros do partido que obtém o maior número de membros do Parlamento nas eleições gerais. Gabinetes de coalizão são raros e têm ocorrido geralmente nos momentos de grandes dificuldades, como é o caso das guerras prolongadas (primeira e segunda guerras mundiais, por exemplo) e problemas sociais graves. As duas últimas eleições gerais do Parlamento violaram a maioria mínima proposta por Lijphart. Em 2001, das 659 vagas no Parlamento o Partido Trabalhista conseguiu 412 e em 2005, das 646 conseguiu 355. Os resultados das eleições locais de 2008 apontam no sentido do restabelecimento do equilíbrio proposto pelo mesmo autor.

3.2. Gabinete dominante em relação à legislatura. Como o parlamento pode destituir os gabinetes, estes deveriam ser dominantes perante os legisladores. No entanto, o contrário é o que ocorre na prática, conforme observa Lijphart. O autor despreza o fato de que o Primeiro-Ministro, o qual é a personificação do gabinete, também pode destituir os membros do Parlamento através da convocação de novas eleições gerais. Há uma via de mão dupla, onde em princípio, deveríamos também esperar uma dominação dos gabinetes perante as legislaturas. Mas o que Lijphart realmente entende por dominância? Seria a imposição da vontade do gabinete sobre as vontades opostas dos membros do Parlamento? Se este for o caso, torna-se difícil observar esta imposição sobre vontades opostas. De fato, se o gabinete propõe um projeto e o Parlamento aprova, não haveria uma simples soma de vontades? Se o gabinete propõe um projeto e o Parlamento não aprova, a legislatura é que estará se impondo sobre o gabinete. Além do mais, o gabinete não é algo alheio à legislatura, é apenas uma fração do conjunto dos próprios legisladores, em geral formada pelos mais participativos. Efetivamente, o conflito de vontades entre a legislatura e o gabinete só se torna inquestionável quando ocorre a dissolução do gabinete ou a convocação de eleições gerais. E nisto reside uma grande sabedoria, pois o nó górdio da discórdia é desatado de modo não macedônico e sim com inteligência. Quanto ao estabelecimento relativamente recente da necessidade de um voto explícito de desconfiança por parte do Parlamento para a destituição do gabinete, há um avanço, pois significa mais respeito ao princípio do contraditório no mundo da política.

3.3. Sistema bipartidário. Desde a Revolução Inglesa do século XVII instalou-se na Grã-Bretanha o bipartidarismo, inicialmente entre os tories e os whigs, depois entre os liberais e os conservadores e por último entre os conservadores e os trabalhistas. Estes últimos se fortaleceram durante a primeira guerra mundial, subtraindo a maioria do apoio popular que recebiam os liberais, herdeiros políticos dos whigs. Apesar de o Reino Unido possuir 170 partidos políticos e ainda serem possíveis candidaturas independentes, os conservadores e os trabalhistas dominam o cenário político e desde 1945 jamais deixaram de obter, juntos, menos de 88% das vagas no Parlamento. O foco das disputas partidárias é essencialmente a questão sócio-econômica, havendo na Irlanda do Norte a disputa entre os católicos e protestantes, e na Escócia e em Gales, disputas de caráter étnico. Uma questão teórica relevante seria a de saber o grau de influência do sistema de escolha por maioria simples para o bipartidarismo no Reino Unido, isto é, os desdobramentos da lei de Duverger[4] levando-se em consideração os detalhes e a história do modelo Westminster.

3.4. Sistema de eleições majoritário e desproporcional. No sistema eleitoral britânico de maioria simples o grau de proporcionalidade entre o número de votos que um partido recebe e o número de vagas que ganha no Parlamento é muito baixo. Em 1974 o Partido Trabalhista obteve mais da metade das vagas do Parlamento com menos de 40% dos votos e os liberais obtiveram menos de 2% das vagas com 18,6% dos votos. Em 1951 os conservadores obtiveram uma larga maioria sobre todos os demais partidos obtendo menos votos do que os trabalhistas. Os liberais têm sido mais prejudicados com o sistema e têm proposto mudanças, as quais não são aceitas pelos trabalhistas e conservadores. Se os partidos operam em todo o Reino Unido, e as regras eleitorais são as mesmas para todos eles, não há motivos para queixas. No entanto, nesta desproporcionalidade há razões de sobra para reclamações por parte das regiões geográficas situadas em distritos com maior contingente populacional. Um rearranjo bem feito nos distritos eliminaria o problema da desproporcionalidade acima exposto. Porém, este rearranjo talvez pudesse causar problemas, tendo em vista o fato de que cada distrito foi construído a partir de um processo histórico que lhes é muito caro. Em relação às eleições para o Parlamento Europeu e as assembléias regionais da Irlanda do Norte, Escócia e Gales as eleições já usam critérios de proporcionalidade.

3.5. Pluralismo de grupos de interesse.  Lijphart põe o pluralismo de grupos de interesse em oposição aos modelos social-democratas de concertação existentes em grande parte do continente europeu, nos quais há a formação de grupos, geralmente representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões, objetivando resolver os conflitos de classe e os problemas governamentais. Lijphart afirma que as tentativas de concertação não deram resultados satisfatórios na Grã-Bretanha, onde as classes dos empregados e patrões preferem a adoção do confronto. De fato, o sistema britânico de escolha dos governantes é de maioria simples e tal fato impôs ao longo de séculos o pragmatismo do tudo ou nada, do certo e do errado, evitando a adoção de medidas que “simultaneamente agradam a todos”. Neste ponto, o modo britânico de enfrentar as contradições do sistema capitalista é reflexo de sua trajetória histórica: o confronto. Ou se perde, ou se ganha, não há meio termo. E atualmente os trabalhadores estão perdendo, inclusive a esperança no Partido Trabalhista, o qual tem mostrado fortes sinais de debilidade nas últimas eleições locais de 2008.

3.6. Governo unitário e centralizado. O Reino Unido é unitário e centralizado, não tendo os governos locais nenhum poder constitucionalmente estabelecido, e sendo financeiramente dependentes do governo central. Foge um pouco a esta regra a Irlanda do Norte, a qual possuiu um elevado grau de autonomia desde 1921 quando a República da Irlanda, que lhe é vizinha, tornou-se independente do Reino Unido[5], até 1972 quando lhe foi retirada a autonomia. Há também uma clara tendência em direção à autonomia da Escócia e Gales, que já possuem os seus próprios parlamentos regionais.

3.7. Concentração do poder legislativo numa legislatura unicameral. No Reino Unido, o único poder que possui a Câmara dos Lordes é o de retardar o início da vigência das leis de caráter orçamentário por até um mês e as demais por até um ano, poder este que eles pouco exercem. Lijphart afirma que a extinção da Câmara dos Lordes poderia ser feita pela Câmara dos Comuns por uma votação em maioria simples, e fornece até a receita. Caso os nobres objetassem, era só esperar um ano. O que o professor neerlandês não diz é que tipo de prato indigesto resultaria da aplicação desta receita. Por diversas vezes os reis tentaram acabar com o Parlamento e o resultado era sempre a guerra. Com certeza a nobreza não permaneceria inerte durante um ano. É tempo demais para se tramar todo tipo de conspirações. E ao longo da história os nobres ingleses têm se mostrado muito hábeis nesta arte, inclusive, quase destruindo por completo as dinastias dos reis católicos da Europa, os descendentes de Santa Clotilde.

3.8. Flexibilidade constitucional. O fato de a Constituição do Reino Unido não ser escrita, ou seja, não existir em um único documento e sim dispersa em vários documentos, incluindo alguns Atos do Parlamento, faz com que ela possa ser alterada pelo Parlamento com votações através de maiorias simples. Entretanto, cumpre salientar que o Parlamento não tem feito, ao longo de séculos, modificações precipitadas, visto que os fatos históricos, por todos eles conhecidos, pairam como uma espada de Dâmocles sobre suas cabeças.

3.9. Ausência de revisão judicial. Não há legislação constitucional na qual possam as cortes testar a constitucionalidade de lei regular. O Parlamento é a autoridade soberana em relação às mudanças e interpretações da Constituição. Devido em parte a tal fato, o Gabinete mantém um serviço permanente e personalizado de informação aos cidadãos.[6] Com a formação da União Européia o Parlamento abdicou de parte de sua soberania em relação a algumas peculiaridades legais que dizem respeito a esta associação e suas relações com os estados-membros.

3.10. Um banco central controlado pelo Poder Executivo. O banco da Inglaterra foi um dos primeiros bancos centrais do mundo, tendo surgido em 1694 como instituição privada. Durante a guerra contra a França Guilherme de Orange concedeu ao Banco da Inglaterra o direito de emitir moeda e de ser o banqueiro do governo. Até 1946 o Banco da Inglaterra exerceu todas as atividades clássicas definidoras de um banco central, mesmo sendo uma instituição privada. A partir daí foi estatizado, tendo em vista a sua importância estratégica para o Reino Unido.

Conclusão

  Apesar de existir em cada grupo de poder uma tendência natural para a expansão e concentração do mesmo, nos momentos de grandes dificuldades compartilhadas há a tendência imperiosa para a divisão de responsabilidades e também de poder. As antigas tribos do Saara, diante das ameaças externas, se uniam em grandes conselhos e seus principais estrategistas assim permaneciam até a expulsão ou derrota do invasor. Analogamente, o conselho dos anciãos em muitas culturas primitivas é uma comprovação desta realidade. Quem não se lembra da reunião do conselho dos chefes tribais do Afeganistão logo após o grande atentado de 11 de setembro? Eles se reuniram durante vários dias, não condenaram o Mulá Omar e ainda por cima deram respostas completamente evasivas e enigmáticas para as perguntas dos dirigentes da OTAN. Ficou óbvio naquele momento que o que eles estavam fazendo era elaborando um plano para a resistência, o qual ainda está em curso, visto que a OTAN ainda não possui o completo controle do Afeganistão e, dificilmente, algum dia terá.
 Nestes conselhos temporários reside a gênese dos sistemas parlamentaristas, incluindo o britânico, que de tão ampliado e atuante passou a ser permanente. Poucos países foram tão submetidos a guerras como os que formam o Reino Unido. E desde a Revolução Gloriosa, nos momentos de paz, o Parlamento não teve o seu poder diminuído pela natural concentração de poder que poderiam ter promovido os reis. De fato, os reis Jorge I e Jorge II, que governaram por longos anos, deixaram o Parlamento muito à vontade, gerando uma tradição inquestionável de poder do mesmo. A conjunção dos motivos acima exposta explica o bom resultado do parlamentarismo britânico e o sucesso da Grã-Bretanha como nação. O brilho e a manutenção do modelo Westminster no Mundo é a prova de que a concentração de poder e a opressão dela decorrente podem ser contidas pelos povos.
  Entretanto, o que se faz com grandes sacrifícios pode ser desfeito, principalmente se esquecermos a história. O Parlamento Britânico não é um modelo teórico que um cientista político, seja inglês ou não, possa entender abstratamente e tirar conclusões formais e legais desprovidas dos fundamentos históricos e culturais que os justifiquem. Não existe Parlamento sem o rei, não existe rei sem nobreza. É um completo absurdo pensar no Parlamento Britânico sem a Câmara dos Lordes, mesmo que isto seja legalmente possível. Mas o aumento do poder dos Primeiros-Ministros é um problema real para a manutenção do modelo Westminster. De fato, o aumento deste poder já constitui um desvio do padrão inicialmente estabelecido nos reinados dos príncipes alemães Jorge I e Jorge II.
        
Referências bibliográficas

1. DUVERGER, Maurice. Os Partidos Políticos. 2 edição, RJ, Zahar, Brasília, Unb. 1980.
2. LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Trad. Roberto Franco. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
3. Nova Enciclopédia Barsa. – São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 2000.
4. http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Inglesa;
5. Website: www.reinounido.org.br;
6. http://www.janda.org/c24/Readings/Duverger/Duverger.htm;
7 http://www.clevelandfed.org/research/Commentary/2007/12.cfm;
8. http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5699.

[1] Professor de matemática do IFPI, Piauí / Brasil.
[2] Atualmente no poder com o Primeiro-Ministro escocês Gordon Brown, sucessor do também trabalhista Blair, o qual comandou uma parcial desfiguração do partido, com o objetivo, de segundo suas palavras, poder ganhar as eleições da qual saiu como Primeiro-Ministro. Nos anos de 2001 e 2005 os trabalhistas tiveram vitórias esmagadoras, contrariando a existência de maioria mínima que geralmente ocorre. Entretanto, os resultados das eleições locais ocorridas em maio de 2008 apontam uma nuvem negra para o partido trabalhista, pois os resultados foram esmagadores em favor dos conservadores, com o crescimento de outros partidos. Conforme se pode ver a partir dos resultados disponíveis no sítio eletrônico da Comissão Eleitoral do Reino Unido [http://www.electoralcommission.org.uk/election-data/index.cfm].
[3] É um grande palácio, com mais de 1000 salas e mais de 5Km de corredores com a maior parte de suas dependências tendo sido construída no século XIX. Westminster é uma contração das palavras inglesas west e monastery. Historicamente, os palácios que existiam onde hoje está o de Westminster ficavam nas proximidades da abadia de Westminster, a qual situava-se na região oeste da cidade de Londres. A construção mais antiga deste palácio é o Westminster Hall, erigido em 1097. O mesmo foi sede das cortes supremas durante longo período, tendo ocorrido aí o julgamento de Carlos I [http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Westminster].
[4] Este princípio clássico, baseado no ditado de que a união faz a força foi dissecado pelo politólogo francês Maurice Duverger e em linhas gerais afirma que o majoritarismo eleitoral leva ao bipartidarismo, ou seja à predominância de dois grandes partidos sobre os demais, com alternância de poder dos mesmos e a representação proporcional leva a uma multiplicidade partidária [http://www.janda.org/c24/Readings/Duverger/Duverger.htm].
[5] Uma clara concessão para que os povos da Irlanda do Norte também não trilhassem no caminho da unificação da Irlanda, como pregam os partidos unionistas irlandeses.
[6] A propósito, os vinte ministros que formam o Gabinete dedicam 55 minutos diariamente para responder às perguntas dos cidadãos, e mais de 50 mil perguntas são respondidas por ano nestas audiências diárias [http://www.britishembassy.gov.uk/servlet/Front?pagename=OpenMarket/Xcelerate/ShowPage&c=Page&cid=1079977063151].



[i] Este artigo foi feito em maio de 2011 quando o autor era aluno do curso de direito municipal da ESAPI, em Teresina-PI / Brasil.